Manhã, tarde e noite
O centenário do nascimento de Sun Ra foi comemorado no passado dia 18 de Novembro num Teatro Maria Matos também a celebrar um aniversário, o seu 45º. O espaço estava engalanado para a festa saturniana e esta aconteceu mesmo.
O centenário do nascimento de Sun Ra foi comemorado no passado dia 18 de Novembro num Teatro Maria Matos também a celebrar um aniversário, o seu 45º. O espaço estava engalanado para a festa saturniana e esta aconteceu mesmo.
O contrabaixista e compositor foi à Culturgest apresentar temas do seu primeiro álbum em nome próprio, todo ele inspirado na literatura, e mais alguns que integrarão um novo disco a sair. Os oito músicos entraram e saíram do palco consoante a música pedia, para uma sessão que primou pela originalidade.
Naquele que foi, talvez, o seu melhor cartaz de sempre, o Festival de Música Exploratória do Barreiro levou à margem Sul do Tejo diversos entendimentos do que é, hoje, a experimentação, do jazz e do rock à electrónica, quase sempre com a improvisação como método. Foi uma festa.
A caminho da maioridade, o festival de Angra do Heroísmo cumpriu nos primeiros dias de outubro de 2014 a sua 16ª edição. O quarteto liderado pelo jovem saxofonista Ricardo Toscano chegou, viu e venceu. Como é hábito, a jazz.pt conta-lhe tudo.
A Parede (linha de Cascais) entrou finalmente no circuito dos festivais, com um evento que recebeu a total adesão do público e deu a ouvir excelente música naquele que parece ser o novo “spot” do distrito de Lisboa – a SMUP-Sociedade Musical União Paredense…
O trio de Carlos Barretto voltou à Culturgest para uma actuação que voltou a evidenciar a mestria dos músicos que o constituem, mas com um défice de comunicação.
Em noite de chuva, o trio formado por dois nórdicos e um britânico fizeram um concerto na Culturgest que, com certeza, foi para quem não estava familiarizado com a música improvisada uma sessão muito esclarecedora sobre o que é isso a que se chama improvisação. Chegou a parecer bonecos em movimento.
Em altíssimo contraste com os Cool Jazz que por aí se organizam, o festival da Gulbenkian deu música a ouvir, sem marcas por detrás. Umas propostas foram melhores do que outras, como sempre acontece, e a guitarra esteve em primeiro plano. Saibam como foi…
À quinta realização, o festival de um só dia (mas com cinco concertos) foi uma elucidativa mostra de alguma da melhor música que se vai fazendo nas franjas mais experimentais com a improvisação como característica comum. Ouviu-se jazz, rock, noise, electrónica e música “não-idiomática”, para além de tudo o que está entre essas tendências…
O grupo de Peter Van Huffel passou por Portugal para assinalar o lançamento do seu novo disco, “Bite My Blues”, e uma das apresentações que por cá fez foi no conimbricense Salão Brazil. Aí se assistiu a um longo assalto sonoro que esmagou o público com a sua intensidade.
Foi a uma edição (a 10ª) muito especial do evento organizado pelo Goethe Institut que se assistiu este mês de Julho em Lisboa. Ouviu-se óptima música, atestando o elevado grau de saúde do jazz europeu. O destaque máximo vai para as prestações do Émile Parisien Quartet, dos Weisse Wande e do Rodrigo Amado Motion Trio com Rodrigo Pinheiro…
No segundo concerto de uma edição do Jazz no Parque que está a definir-se pela diferença, o trio luso-americano estreou-se da melhor maneira com peças curtas e a surpresa adicional de “Zíngaro” e Lonberg-Holm terem tocado guitarra eléctrica, para além dos seus respectivos violino e violoncelo.
Dando início a um novo ciclo, o festival da Madeira apostou em 2014 num dos cartazes mais fortes de sempre, que incluiu um alargado programa de iniciativas. Na memória perduram os excelentes concertos de Ambrose Akinmusire, Vijay Iyer e Jason Moran.
Depois de um bem recebido concerto em Vigo, no Imaxina Sons, em trio com Liudas Mockunas, o contrabaixista e compositor do Porto apresentou-se na Culturgest, em Lisboa, com a mesma formação, mas outro saxofonista, o seu habitual convidado Émile Parisien. Foi mais um sucesso…
Foi uma máquina demasiado bem oleada que se apresentou a 8 de Junho na Casa da Música. Tudo se fez com grande competência, mas tudo também soou igual e não se correram riscos. Sobretudo, houve Wayne Shorter a menos…
E vão cinco. O “congresso” dos improvisadores teve mais uma edição no fim-de-semana que levou Maio para Junho, com uma maratona de concertos que teve ainda mais participantes, nacionais e estrangeiros, do que em anos anteriores. Foi uma festa.
Houve excelente música à beira do Mondego entre 29 de Maio e 1 de Junho, com uns esmagadores Matthew Shipp, Joachim Kuhn e Joelle Léandre. Eis aqui as notas de audição de um festival que se tornou incontornável…
A mais cósmica das “big bands” veio a Lisboa homenagear Sun Ra no seu 100º aniversário, e também os 90 anos de Marshall Allen. O saxofonista ainda mantém toda a genica – Herman Blount não podia ter melhor herdeiro nos comandos da sua nave…
O antigo líder dos Return to Forever regressou a Portugal para se apresentar no mais intimista dos formatos e não desiludiu ninguém. Breves notas a propósito de um concerto inclassificável, com o qual o pianista deixou todos mais felizes.
A passagem do duo norueguês pela Culturgest esteve longe de ter o mesmo impacto que a actuação a solo de Endresen em 2011 no mesmo espaço. O auditório estava bem menos cheio e não houve “encores” nem grandes rasgos.
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