Mãos oblíquas: Jazz em Agosto 2023 (dia 11, parte 1)
texto: António Branco / fotografia: Jazz em Agosto – Vera Marmelo
Chegar à Fundação Calouste Gulbenkian nunca foi tão difícil: a juntar à temperatura infernal (não é trocadilho com a jornada religiosa então em curso), o caos nos transportes públicos e um incêndio nos arredores de Lisboa. Enfim, valeram-nos os jardins miraculosos (isto vai) e o facto de o concerto das 18h30 ter decorrido no climatizado Auditório 2, bem-vindos refrigérios para corpos e mentes.
A proposta era um solo de Camille Émaille, jovem percussionista francesa, uma «traficante de instrumentos», como acertadamente lhe chamou o programador Rui Neves, não apenas pela forma como aborda os instrumentos de percussão, digamos, convencionais, aditando-lhes toda uma constelação de novas possibilidades, mas também, e porventura sobretudo, pelo seu lado de inventora dos seus próprios instrumentos.
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