Festival Causa Efeito, 13 de Junho de 2023

Festival Causa Efeito

O presente causa futuro: Jazz na Universidade NOVA

texto: Gonçalo Falcão

Ao completar 50 anos, a universidade sediada em Campolide lança um programa cultural - NOVA Cultura  - e cria uma pró-reitoria para esta área. É a oportunidade para organizar um festival de jazz importante, programado por Pedro Costa. Virado para o futuro, como compete à academia, o festival Causa Efeito aponta caminhos e propõe-se como um pretexto para o diálogo entre uma cultura de inovação e de investigação e a experimentação na prática artística.

Num momento em que a superioridade do ensino nem sempre se reflete na elevação cultural dos estudantes (basta consultar os programas das “festas académica” das associações para verificar que o investimento no trajar é inversamente proporcional à nudez cultural) o Causa Efeito tem uma importância acrescida: se não fossem as instituições - como a Gulbenkian e agora a Universidade NOVA - Lisboa não teria um festival de referência internacional no jazz. É talvez das poucas capitais europeias com esta ausência (não ignoramos a festa do jazz, que tem um caráter propedêutico e de ponto de situação, mas que não cumpre esta premissa).

A qualidade e dimensão deste evento, com 13 concertos, permite-nos desde já afirmar que será um dos mais importantes do ano jazzístico da capital: apresenta um progama com uma personalidade própria e muito informada sobre o jazz dos nossos dias.

Para além dos concertos, estão ainda previstas ações de reflexão, diálogo e debate com jornalistas, investigadores e programadores nacionais e internacionais e, claro, uma componente didática, pensada para o público mais jovem e famílias, potenciando a descoberta e compreensão desta música.

“Causa e Efeito” é a relação entre dois eventos consecutivos, sendo que o segundo é consequência do primeiro. É um dos princípios do método científico. E da improvisação. Fala-nos de um festival que interroga esta música e o seu momento atual. É disso que gostamos. Antecipemo-lo:

 

28 DE JUNHO, QUARTA-FEIRA

Abre no dia 28 de junho à tarde [17h30] sem música mas com debate. A mesa-redonda: “jazz – que presente” parece uma provocação. A forma afirmativa - sem ponto de interrogação – é uma referência ao título corriqueiro em mesas redondas (qualquer coisa: que futuro?). Antecipa um encontro de ideias para um ponto de situação sobre a atualidade. Contará com a participação de Stewart Smith, Guy Peters, Beatriz Nunes e Pedro Rôxo, para além do programador Pedro Costa.

 Sérgio Carolino

 

Logo de seguida [19h30] é tempo para a música com um solo do virtuoso Sérgio Carolino (o único tocador de tuba europeu com contrato com a Yamaha; recebeu por seis ocasiões o Roger Bobo Award Prize, o Prémio Carlos Paredes e o prémio SPA [na categoria de Música Erudita] pelas obras editadas e acção divulgadora da música portuguesa pelo Mundo). Da sua tuba Frankenstein, o “Lusofone Lúcifer” saem sons enormes: é um instrumento construído à mão por dois fabricantes americanos (Tim Sullivan e Harold Hartman), a partir de peças de outras tubas dos anos 50 e 60. Trata-se de um instrumento idealizado pelo músico e inspirado no “Oren-o-Phone” do britânico Oren Marshall.

É luciférica por ter um som imenso, com graves poderosíssimos. Nas mãos e boca de Sérgio Carolino, o único capaz de a domar, transforma-se numa ferramenta musical interessantíssima, como ficou registado no disco “Below 0” que a jazz.pt já ouviu.

A enorme competência técnica de Carolino alimenta uma igualmente grande curiosidade por diferentes idiomas musicais, desde o repertório clássico e contemporâneo para tuba ao jazz, funk e improvisação. O concerto será nas escadarias da reitoria da Universidade Nova, um espaço arquitetónico belíssimo desenhado pelos Aires Mateus e que certamente amplificará sónica e cenicamente o concerto.

 

Carlos Bica / Beethoven

Para fechar o primeiro dia [21:30] Carlos Bica flirtará com Beethoven no Auditório da reitoria. O disco deste projeto ainda é um mistério, por isso a curiosidade para o ouvir estrear ao vivo é enorme: um saxofone, um acordeão, um contrabaixo, um par de gira-discos e... Beethoven?

A essência melódica dos dois portugueses - Carlos Bica no contrabaixo e João Barradas no acordeão, com a elegância de Daniel Erdmann e o colorido louco de DJ Illvibe (Vincent von Schlippenbach), propõem-se reler a herança Beethoviana. Para Bica é, de certo modo, um regresso a um momento inicial da sua vida musical, à sua formação, quando foi para a Academia de Música de Würzburg, na Alemanha estudar. Nesse período integrou várias orquestras de câmara como a Bach Kammerorchester e a Wernecker Kammerorchester. No fundo este projeto junta o trio “I Am The Escaped One”  (com o DJ Illvibe e Daniel Erdmann) a Barradas de modo a aumentar significativamente a capacidade “orquestral” como o som cheio (e um certo zest baviero) do acordeão.

João Barradas já é um dos mais conceituados acordeonistas europeus, movendo-se entre a música clássica, o jazz e a música improvisada e venceu alguns dos mais prestigiados concursos internacionais de música erudita para o seu instrumento. Em 2016 gravou o seu primeiro álbum de jazz enquanto líder (“Directions”), produzido por Greg Osby e entrou nas listas dos melhores do ano da revista americana Downbeat.

Existem por isso razões de sobra para estar na fila da frente deste concerto e ver “nascer” esta música Nova/Clássica. Antecipamos um clip do disco "Playing With beethoven", feito a partir de "Moonlight Sonata" a que Carlos Bica chamou "Julie".



 

29 DE JUNHO, QUINTA-FEIRA

Luís Lopes Abyss Mirrors

Segundo dia do festival, segundo concerto, o primeiro do novo grupo do guitarrista de Lisboa Luís Lopes, o Abyss Mirrors. Este grupo alargado (10 músicos) tem duas guitarras elétricas, duas eletrónicas, dois saxofones, um trio de cordas (violoncelo, viola e violino) e baixo elétrico. Notamos desde logo a ausência da bateria e a repetição de instrumentos com a mesma natureza.
O Abyss Mirrors já gravou esta música em disco, com este grupo que reune muitos dos improvisadores da Capital. O título do disco “Echoisms” fala-nos de Eco, a ninfa que perdeu a fala e só conseguia repetir as últimas palavras de quem falava com ela (mas que causou a morte de Narciso). Mas é uma referência clara à reverberação, ao som que vai e volta. Nas palavras do próprio, os músicos convocados servem de bases inspiradoras para a procura de uma linha de continuidade com a música que nasce dos ensembles de Sun Ra e avança pelos períodos elétricos de Miles Davis e Ornette Coleman, prosseguindo com Wadada Leo Smith.

A tarefa desta quase-orquestra multinacional (Portugal, Suécia, Finlândia e Brasil  — toda radicados em Lisboa) não é de somenos. Vamos ouvir Luis Lopes e Flak nas guitarras, Jari Marjamaki e Travassos nas eletrónicas e outras traficâncias elétricas, Yedo Gibson e Bruno Parrinha nos saxofones, Felipe Zenícola no baixo elétrico, Helena Espvall no violoncelo, Maria da Rocha no violino e last but not at all least, Ernesto Rodrigues na viola.


Alcorn / Lencastre / Faustino

Para encerrar a noite do segundo dia [21h30], ainda no auditório, será a vez de um trio que junta a guitarrista (pedal steel) Susan Alcorn com o saxofone de José Lencastre e o contrabaixo de Hernâni Faustino. A improvisação dominará este concerto que terá na guitarrista a base melódica e ao mesmo tempo uma inevitável evocação americana tradicional, que a pedal steel traz. Alcorn tem procurado explorar e expandir as possibilidades desta guitarra horizontal (que está tão fechada na sua sonoridade country). Veio a Lisboa, ao Jazz em Agosto em 2022, integrada no grande grupo de Nate Wooley que tocou o Seven Storey Mountain VI (que, relembramos, foi um dos melhores concertos do ano passado para a jazz.pt), quando conheceu Lencastre e surgiu esta ideia de somar ao saxofone um contrabaixo. Resultou e os três decidiram ir aos estúdios Namouche gravar. As sessões resultaram num disco que ainda está por revelar  -  “Manifesto” – e que será lançado no festival. A música antecipa-se melodiosa, estruturada pela narrativa paisagista da guitarra, interceptada por vezes por formas disruptivas, num contínuo de grandes horizontes.

 

30 DE JUNHO, SEXTA-FEIRA

Sexta é tradicionalmente um dia de distensão, que marca o final da semana de trabalho (causa); o (efeito) é o de ter quatro concertos de seguida.

Barradas / Carvalhais

Sem parar, regressamos ao auditório da reitoria. O primeiro, às 18h é um duo entre João Barradas no acordeão e Hugo Carvalhais no contrabaixo. Um projeto novíssimo que encurta distâncias entre Centro e Norte do país e entre dois instrumentos com naturezas muito diferentes. O Acordeão com um som metálico, vive do aspiração e expiração (ou sintetizado, quando adquire múltiplas personalidades sonoras) enquanto o contrabaixo vem da tradição orquestral erudita europeia, cheio de som a madeira. Um habituado a festas populares o outro a salões nobiliárquicos. Será mais uma estria promovida pelo programador que se antecipa muito curiosa.
O contrabaixo de Carvalhais é muito estruturado e feito de linhas melódicas coerentes, que têm tanto de organização como de melodia. Por outro lado, é um improvisador inteligente, que sabe ouvir e propor. Barradas tem nas mãos uma enormidade de sons e pode construir mundos sonoros complexos, como também encher o espaço sonoro com fundos abstratos, quase sinfónicos, que darão espaço ao contrabaixo. Um diálogo muito bem lançado pela programação que se antecipa com muita curiosidade.

 

The Selva

 

Sem tempo para folgar [19h30], seremos convocados para The Selva um trio forte que já ouvimos em disco e que vamos querer ver funcionar ao vivo, incorporando os imprevistos do momento.

São dois instrumentos da mesma família em diálogo (contrabaixo e violoncelo), com a bateria de Nuno Morão que mais do que marcar ritmos, constrói uma camada de percussões muito abstrata, como a vida natural de uma floresta. O nome, estamos em crer, poderá vir desta ideia da naturalidade das madeiras quando soam sem uma organização racional e parecem guiadas pelos diálogos naturais. Na selva as árvores são “tocadas” pelo caminhar dos animais ou pelas bicadas dos pássaros. É uma música que acontece a partir das ocorrências da vida e que nos soa tão enigmática quanto bela. É o mundo das chamadas e das réplicas, dos diálogos incompreensíveis para os humanos, dos códigos inatos. Os The Selva são madeiras à procura de uma conversa. São Ricardo Jacinto no violoncelo e eletrónicas, Gonçalo Almeida no contrabaixo e também em eletrónicas e a bateria e percussões várias de Nuno Morão numa linguagem intuída a três.

 

 Carlos Bica / Susana Santos Silva

Às [22:00] será o tempo de mais um duo idealizado pelo programador: trompete e contrabaixo. Dois dos nossos músicos mais internacionais (no jazz) - Susana Santos Silva e Carlos Bica -, portugueses, uma a viver em Estocolmo e o outro em Berlim apresentarão temas originais e seguramente, muita improvisação. Dois instrumentos melódicos com duas personalidades quase opostas. Um metálico, liderante, e o outro de madeira, estruturante. Num duo tão cru, os dois desempenharão várias funções e serão voz e fundo alternada e simultaneamente, como a música o ditar. Mais uma vez o interesse aqui, para além de ouvir a música que farão – o principal - é o de presenciar uma ideia nova, criado pela pressentimento musical do programador.

 

Por fim, às [23h], para fechar um dia intenso, iremos até ao “Páteo” para ouvir os MOVE. Quem já os ouviu em disco e ao vivo sabe que este projeto é energia e pulsação: música rápida, faiscante que nos deixa agarrados à cadeira. Os músicos atacam os temas como se estivessem a lutar pela sobrevivência numa arena romana, onde adejam machados e assaltam animais. Tudo se passa a velocidades furiosas e o baixo elétrico de Felipe Zenicola, o saxofone de Yedo Gibson e a bateria de João Valinho tem uma enorme sincronia funcionar naquele ambiente intenso. Os MOVE são ainda melhores ao vivo do que em disco pois vê-los a interagir àquela velocidade deixa-nos presos à música e entusiasmados com as soluções simples, sempre em mudança.

 

DIA 1 DE JULHO, SÁBADO

E como tudo tem que acabar, o “Causa e Efeito” fina-se no dia 1 de julho, sábado com um dia cheio. Cinco concertos de seguida vão encher a alma e os ouvidos de quem vá até Campolide.

 Isabel Rato

A receção é feita às [16h] numa ação pedagógica liderada por Isabel Rato. Um concerto para famílias, comentado em que a pianista inserida num quinteto com saxofone, voz, piano, contrabaixo e bateria procurará desdramatizar esta música e torná-la acessível.

One Small Step

Às [18h], ainda no auditório, o trio One Small Step vindo da noruega, com Roger Arntzen, o contrabaixista dos Chrome Hill, Vegar Vårdal – músico, bailarino, pedagogo - no violino e Janne Eraker em sapateado. Quem já ouviu o disco não pode deixar de estar entusiasmado para ver ao vivo esta formação tão esdrúxula. O sapateado é dança e som. Usado numa forma abstrata (como nos One Small Step), onde não há vontade de produzir ritmos regulares, mas sim criar uma percussão desconexa, deixa-nos a imaginar o que se estará a passar com o corpo. Ouvimos uma bateria de madeira estranha, quase como o stompin’ dos blues, mas sem organização rítmica; também a voz aparece numa língua inventada, “cantando” sequência perdidas, algures entre as canções de trabalho e a venda de um leiloeiro. Neste mundo excêntrico aparece um contrabaixo a tentar desesperadamente encontrar lógicas.

Os One Small Step expandem algumas das ideias fundadoras do jazz: a abertura de novas possibilidades nos instrumentos da tradição europeia, de uniões novas de instrumentos que viviam em mundos diferentes, a exploração de ideias musicais imprevistas. Este é um caso de uma formação que, mais uma vez, aposta numa formato original – sapateado, violino e voz e contrabaixo - ligando a produção sonora aos aspetos performativos, tentando – e conseguindo – abrir caminhos novos.

 

Margaux Oswald e Jesper Zeuthen

Às [19h30] mais uma proposta nova. A pianista Margaux Oswald que nos encantou com “Dysphotic Zone”, onde levou o piano para terrenos sonoros novos, tornando-o numa máquina imensa, grave e reverberante, junta-se ao saxofonista dinamarquês Jesper Zeuthen. Ouvimo-la já em duo e sabemos que a sua música muda, apesar de surgirem frequentemente as grandes unidades sonoras imóveis. O saxofonista navegará por cima destas grandes massas de som que Margaux gosta de soltar. Contudo, a pianista quando entra neste contexto de diálogo adapta-se também, não se limitando a contruir bases, mas entrando em diálogo, usando ideias melódicas ou rítmicas. Será por isso uma conversa interessante de seguir e onde também teremos a oportunidade de ouvir a pianista num mundo colaborativo onde não estamos habituados a encontrá-la.

Este último dia irá ser – já o dissemos – cheio: depois de três concertos à tarde, teremos ainda mais dois à noite.

 Sophie Agnel, John Edwards e Steve Noble

O primeiro às [22h] em trio, com piano, contrabaixo e bateria, um formato clássico, dir-se-á, mas neste caso os instrumentos estão nas mães e cérebros de três músicos que subvertem por completo todas as normas criadas pela tradição. ”Aqisseq” é o nome do último disco lançado pelo trio (2018) e em que podemos ouvir um mundo musical rápido, cheio e emocionante.

Entramos numa região peculiar, tensa, onde seguimos um diálogo feito com sons e não com notas musicais, sons esses que nos vão dando razões “lógicas” para os acompanhar. Constroem formas, unem-se em ideias, como nos grandes cardumes, ou bando de andorinhas, que não parecem ter uma ordem, mas onde o nosso cérebro consegue reconhecer movimentos

O trio é composto pela pianista francesa Sophie Agnel, o contrabaixista John Edwards e o baterista Steve Noble: duas grandes referências históricas da improvisação inglesa com uma pianista francesa.
Dominam os sons percutidos curtos e os raspados, metalizados (nas cordas do piano ou nos pratos da bateria) num diálogo rápido onde há imensa coisa a acontecer. É difícil identificar que instrumento produz que som, pois os modos de tocar pouco académicos, o piano “preparado” abre um mundo sonoro novo.
A primeira gravação deste trio “Méteo” foi feita ao vivo no festival francês com o mesmo nome e saiu em 2012. Mais de 10 anos depois vamos poder ouvi-los novamente ao vivo, sem um plano prévio, mas muito mais conhecedores da música do grupo. E esperar que se faça magia novamente.

 

Luis Vicente Trio com Tony Malaby

E será já perto da meia-noite que o trio de Luís Vicente, expandido a quarteto com Tony Malaby ocupará o palco instalado no Páteo. Será a despedida desta primeira edição do “Causa e Efeito”. [23:30] Ouviremos um trio português numa fase cimeira de cada um dos seus integrantes: Luís Vicente no trompete, Gonçalo Almeida no contrabaixo e Pedro Melo Alves na bateria. À equipa lusa juntar-se-á Tony Malaby; o saxofonista americano é hoje uma presença permanente no circuito nova-iorquino.

Começou como sideman na Liberation Music Orchestra de Charlie Haden, na Electric Bebop Band do Paul Motian e no quinteto de Fred Hersch, mas iniciou a gravação enquanto líder  - ou em co-liderança – no final dos anos 90. Conhecemo-lo mais tarde, em 2008, num disco marcante da editora Clean Feed ( do programador do Causa e Efeito, Pedro Costa), “Tamarindo” com William Parker no contrabaixo e Nasheet Waits na bateria. Na altura já se percebia que Malaby seria uma voz marcante no seu instrumento, um saxofonista melodioso, com um som enorme que faz o saxofone soar a uma secção de metais de uma orquestra. Claro e sucinto, não esbanja notas.

Luís Vicente tem construído um percurso muito interessante, explorando precisamente este formato de trio, trompete, contrabaixo e bateria, a que adiciona diferentes saxofonistas. Com uma frente de dois sopros, faz uma música solar, feita de pequenas ideias festivas. Quase que ouvimos as melodias modestas das bandas filarmónicas, desenvolvidas e complexificadas pela improvisação.

Será certamente um fecho forte e festivo que avança pela noite de domingo, que nos deixará curiosos para a programação do próximo “Causa e Efeito”.

Agenda

04 Outubro

Carlos Azevedo Quarteto

Teatro Municipal de Vila Real - Vila Real

04 Outubro

Luís Vicente, John Dikeman, William Parker e Hamid Drake

Centro Cultural de Belém - Lisboa

04 Outubro

Orquestra Angrajazz com Jeffery Davis

Centro Cultural e de Congressos - Angra do Heroísmo

04 Outubro

Renee Rosnes Quintet

Centro Cultural e de Congressos - Angra do Heroísmo

05 Outubro

Peter Gabriel Duo

Chalé João Lúcio - Olhão

05 Outubro

Desidério Lázaro Trio

SMUP - Parede

05 Outubro

Themandus

Cine-Teatro de Estarreja - Estarreja

06 Outubro

Thomas Rohrer, Sainkho Namtchylak e Andreas Trobollowitsch

Associação de Moradores da Bouça - Porto

06 Outubro

Lucifer Pool Party

SMUP - Parede

06 Outubro

Marta Rodrigues Quinteto

Casa Cheia - Lisboa

Ver mais