Demian Cabaud, 1 de Agosto de 2013

Para quatro cordas

texto António Branco fotografia Catarina Claro, Jorge Vidal e Carlos Paes

Perdoar-me-á o leitor pelo roubo de duas cordas ao nome do livro de Jorge Luis Borges para dar o mote a esta conversa com o contrabaixista argentino Demian Cabaud (n. 1977, Buenos Aires). Desde que aportou em terras lusas em 2004, o músico é um dos mais requisitados do panorama do jazz que por cá se faz. O seu contrabaixo seguro e inventivo tem vindo a revelar-se determinante nas inúmeras formações que integra, com talento e entusiasmo sempre renovados.

A lista dos nomes com quem já colaborou é infindável: André Fernandes, André Matos, Francisco Pais, Gonçalo Prazeres, Gonçalo Marques, João Lencastre, José Pedro Coelho, Laurent Filipe, Nuno Costa, Óscar Marcelino da Graça, Paula Sousa, Ricardo Pinheiro, Susana Santos Silva, entre tantos outros.

Mantém igualmente ligações estreitas com músicos norte-americanos, sendo de destacar Akiko Pavolka, Gerald Cleaver, Leo Genovese, Ohad Talmor e Phil Grenadier. Avulta ainda o trabalho continuado que tem vindo a desenvolver com a Orquestra Jazz de Matosinhos (OJM), na qual tem tido a oportunidade de colaborar com diversas figuras gradas da cena internacional.

Mas recuemos aos dias em que tudo começou, quando Demian quis tocar bateria com um grupo de amigos. A mãe prontamente lhe inviabilizou a ideia, não só pelo preço da dita como também pelo barulho que previsivelmente inundaria a casa. Faltava um baixista ao grupo e o jovem decidiu voltar-se para o baixo elétrico, primeiro um pouco a contragosto, mas depois com aulas privadas e um interesse crescente.

Ainda na Argentina, Cabaud graduou-se no Instituto Tecnológico de Música Contemporânea, em 1998, e no Berklee College of Music International Network, em 2000. No ano seguinte foi bolseiro na Berklee College of Music, em Boston, tendo obtido o diploma em maio de 2003.

Depois da estreia discográfica com “Naranja” (2008), de “Ruínas” (2010) e “How About You?” (2011), todos na TOAP, acaba de lançar o seu quarto disco por conta própria, explorando, pela primeira vez, o formato clássico piano-contrabaixo-bateria. Acompanham-no nesta jornada o pianista Ernesto Jodos, seu compatriota, e o baterista Marcos Cavaleiro, inseparável amigo e colega de vários projetos. A pianista e vocalista Akiko Pavolka, com quem já havia trabalhado, surge como convidada numa peça.

Motivos de sobra para uma conversa com a jazz.pt.

A formação ideal 

O teu novo disco, “En Febrero”, é o primeiro que gravas em formato de trio clássico na condição de líder. Era uma necessidade que sentias, experimentar em disco esta combinação?

Para mim, o trio de piano foi sempre a formação ideal. Os discos que mais me marcaram são, nesse formato, os trios de Bill Evans, Paul Bley, Jacki Byard, Thelonious Monk, etc. Na realidade sempre houve trio de piano nos meus discos, em “Naranja” no tema que dá titulo ao disco, em “Ruínas” com “Si Llega a ser Tucumana”, e em “How About You?” são três as faixas em trio.

Vontade sempre houve, só faltava sentir que era o momento certo para mim. Acho que para fazer um trio é preciso encontrar as pessoas certas, que estejam ligadas e suficientemente sensíveis. Para saber liderar quando é preciso e saber “retrair-se” no momento certo.

 

Queres recordar o historial deste trio?

Conheci Ernesto Jodos na Argentina, foi meu professor de harmonia, arranjos e, mais tarde, improvisação. Naquela altura, há 14 anos, ele já era um músico importante na cena jazzística argentina, tinha vários grupos com música muito original e era uma inspiração ver os concertos dele.

O trio do disco nunca tinha tocado antes, o que aconteceu foi que o Ernesto estava em digressão pela Europa e arranjei quatro concertos em Portugal. Sabia que seria uma oportunidade para não desperdiçar e por isso reservei quatro horas no estúdio. Desde o primeiro concerto houve logo uma grande empatia e muita comunicação entre os três. A sessão foi muito descontraída, montámos o trio como se fosse um concerto, os três na mesma sala, muito perto uns dos outros, um par de microfones para cada instrumento e tocámos uma vez cada tema, alguns duas.

A ideia era que, na gravação, a música fosse o mais pura e honesta possível, como se fazia antigamente. O que está no disco é o que tocámos. Não há edição, exceto com a voz da Akiko, que gravou posteriormente em Nova Iorque.

 

Como enquadras o novo disco no conjunto da tua discografia anterior? Analisando-a com cuidado, e conhecendo o trabalho que tens vindo a desenvolver em várias frentes, considero mesmo que foi um passo dado com a maior naturalidade, algo que era inevitável, mais tarde ou mais cedo...

Acho que os meus discos são sempre “fotografias” de momentos. Não penso numa sequência lógica no meu percurso, sigo a minha intuição e deixo que as coisas aconteçam.

 

Existiu, da tua parte, algum desejo de regresso ao essencial, de depuração dos processos de interação musical? Qual é o teu entendimento desta fórmula instrumental?

Neste disco senti que o essencial era o trio, mas nem sempre é o essencial. Como já comentei antes, tudo depende do momento...

 

A repartição equitativa de papéis é uma premissa? Longe vão os tempos em que contrabaixo e bateria se subordinavam aos ditames do piano…

Na minha música é uma premissa e tento que seja, em certa medida, em todos os grupos com que toco. Mas acho que é uma questão de contextos. Tenho a tendência de libertar o contrabaixo da função de “âncora”, mas há situações, ou grupos, em que a própria música exige isso, e é um bom contraste. O mais difícil é encontrar o equilíbrio e conseguir fazer os dois papéis num discurso só. Os contrabaixistas que me marcaram fizeram uma grande contribuição para mudar o papel, ou a função, do instrumento no grupo: Scott LaFaro, Eddie Gómez, Gary Peacock, etc.. 

Conversa entre amigos

Demian Cabaud por Jorge Vidal 

Quais são então os principais desafios que este formato íntimo te coloca?

Como líder e compositor o maior desafio é criar o imaginário do trio, compor para o grupo e tentar perceber até que ponto a música está a limitar, ou não, o fluxo criativo de cada um dos músicos. Como instrumentista, os grandes desafios são o aproveitamento do “espaço”, a comunicação e a interação natural e fluida...

 

Na bateria está Marcos Cavaleiro, cúmplice próximo em várias outras formações em que tocas. Até que ponto a comunicação telepática que se sente ao escutar o disco deriva da amizade e do entendimento pessoal?

Não sei bem responder... O que posso dizer é que, quando há empatia, respeito e amizade com as pessoas, a música resulta diferente, como uma conversa entre amigos.

 

Dave Holland disse: «O papel fundamental que o contrabaixo sempre teve é o de delinear as partes mais graves da harmonia e ser um suporte rítmico. Na secção rítmica de um grupo de jazz trabalha-se de forma muito próxima com o baterista. É uma espécie de fulcro do grupo»… Concordas?

Concordo plenamente. Nós, baixistas, temos um poder muito especial no que toca à harmonia, somos os “alicerces” da estrutura harmónica, e se não tivermos consciência disso podemos pôr em risco a progressão e a fluidez da música e a sua essência. A relação do baixo com a bateria é muito importante, musical e pessoalmente. Na Argentina diz-se que o baixo é um bombo que pensa, praticamente uma bateria com responsabilidade harmónica.

 

As composições originais que integram “En Febrero” são de tua autoria (cinco) e de Jodos (duas). Compuseste especificamente com estes músicos em mente ou isso não teve influência no teu processo criativo? Apresenta-nos o disco, constituído sobretudo por tempos médios, com os quais os três se sentem claramente à vontade…

O conceito das músicas não foi pensado para estes músicos específicos, mas para a formação de trio. A composição, para mim, é uma procura constante de sonoridades, de cores e de ambientes que nunca antes tinha usado ou desenvolvido. Nas minhas composições gosto de deixar algumas partes em aberto, para que, de cada vez que se interprete, seja diferente, dependendo da abordagem de cada músico.

“En Febrero” foi escrito para o disco “Devil's Dress” de Susana Santos Silva, e quis fazer uma versão em trio para explorar outros aspetos do tema. Em fevereiro foi quando nasceu a minha filha. Por isso, as músicas que escrevi para este álbum têm para mim uma conotação um pouco sentimental...

 

Divides com Akiko Pavolka – com quem já trabalhaste no passado – a autoria dessa mesma peça, que dá título ao disco. Como surgiu a possibilidade de renovação desta colaboração?

Gravámos o disco e senti que precisava de mais alguma coisa nesse tema. Surgiu então a ideia de incluir uma voz na minha música, o que nunca antes tinha feito. Pensei na Akiko porque gosto muito do que ela faz, o timbre de voz dela tem uma cor muito particular e muito original. Falei com ela sobre a possibilidade de gravar a melodia e fiz-lhe o desafio de escrever uma letra em japonês. Passadas poucas semanas reservámos umas horas num estúdio em Nova Iorque e ela gravou por cima do trio.

 

Escutando as tuas composições, constato que vens aplicando doses crescentes de abertura e liberdade, que não beliscam, antes potenciam, a sobriedade e o rigor que continuam a ser evidentes na música que fazes…

Acho que a abertura e a liberdade sempre estiveram presentes nas minhas composições, como se pode ouvir no meu primeiro disco, “Naranja”, e no segundo, “Ruínas”, que é na sua maioria um disco de música improvisada. Só que o meu conceito de improvisação é tentar que soe a uma peça escrita... “How About You?” é um disco de “standards”, mas também com uma abordagem livre. Acho que o que difere nos quatro discos é a maneira de lidar com a liberdade, a abertura nos diferentes contextos e a direção da improvisação.

 

Tocaste num ponto importante. Até que ponto é para ti relevante conhecer a tradição jazzística? A “escola” proporcionada pelo conhecimento do género é determinante para a tua abordagem? Em que medida?

Acho que é muito importante perceber o que se passou para trás, mas como ponto de referência e não como verdade absoluta, se calhar como ponto de partida. Parece-me que há muita gente a respeitar a tradição e muita gente estancada nela. Também há gente que não faz ideia do que se passou para trás...

 

Deduzo, assim, que a dicotomia “tradição” versus “vanguarda”, a quem tanta gente parece estar agarrada, não faça para ti grande sentido…

Não faz muito sentido para mim porque não as vejo como uma dicotomia mas como partes de um mesmo processo, mas em momentos ou tempos diferentes.

 

No disco incluis versões de duas peças eternas. A primeira é de “Interplay”, de Bill Evans, a segunda “After The Rain”, de John Coltrane. Porquê estas escolhas?

Principalmente porque gosto delas e apeteceu-me explorá-las com este trio.

 

Os teus três discos anteriores como líder saíram na TOAP. “En Febrero” sai pela catalã Fresh Sound. Vontade de mudar de ares?

Em relação ao conceito e ao catálogo as duas editoras são muito boas e até parecidas, mas neste momento as condições oferecidas pela Fresh Sound foram mais favoráveis.

 

Já apresentaste o disco novo no Hot Clube e no Salão Brazil, em Coimbra… Como têm sido as reações?

Os concertos correram muito bem, é sempre bom tocar seis concertos seguidos e ir explorando e transformando a música, e apesar de nunca ter tido a casa cheia o público estava entusiasmado (ou parecia) e os discos têm-se vendido. 

Intuição e magia 

Consegues precisar em que momento e circunstâncias te interessaste mais a sério pela música, em geral, e pelo jazz, em concreto? Guardas alguma recordação particularmente marcante desse processo de descoberta?

Quando acabei o liceu entrei numa escola, o Instituto Tecnológico de Música Contemporânea (ITMC), equivalente ao Hot Clube de Lisboa mas em Buenos Aires. Quanto mais avançava nos estudos mais perto do jazz me ia encontrando. Os professores falavam dos grandes do jazz e eu ia comprar os discos, cada vez mais fascinado com o género e, sobretudo, com o papel do baixo e com a liberdade que tem nesta música. Isso foi o que teve mais impacto em mim.

No terceiro e último ano do ITMC dei por mim a ouvir e a tocar jazz, mas a imitar o som e o timbre do contrabaixo com o baixo elétrico. Tinha um grupo de colegas com os quais tocava “standards”, escolhíamos as músicas com base nas versões dos discos de que gostávamos, e todos eram com contrabaixistas. Aí senti que o contrabaixo era o passo a seguir.

 

Quem é que, para ti, entre os músicos vivos, está no Olimpo dos contrabaixistas?

Rinat Ibragimov, Charlie Haden, Gary Peacock, Alejandro Oliva, Bozo Parazik, Drew Gress, Larry Grenadier, Masa Kamaguchi, Ben Street, Thomas Morgan, Robert Hurst, Marc Ramirez.

 

Mas começaste, como disseste, como tantos contrabaixistas, pelo baixo elétrico. Ainda pegas no baixo ou nem por isso?

Estive 15 anos sem pegar no baixo elétrico e muito recentemente toquei duas músicas no repertório do compositor Darcy James Argue com a Orquestra Jazz de Matosinhos no Ciclo Jazz Composers Forum. Não tive alternativa... No momento em que decidi mudar para o contrabaixo apercebi-me que era por ali que a música passava, pois identifico-me muito mais com essa sonoridade. Com o baixo elétrico não sinto o mesmo. Há um mito de que são a mesma coisa mas, na minha opinião, não é assim, cada um tem as suas particularidades. São dois instrumentos diferentes.

 

Como é o teu processo de trabalho? És daqueles compositores regrados e metódicos ou as ideias e os esboços das composições surgem-te nos contextos mais inusitados?

Não sou nada metódico na composição, posso escrever uma ideia e desenvolvê-la logo, ou deixá-la escrita durante anos e só pegar nela muito tempo depois. Às vezes gosto de uma ideia no imediato e outras sei que mais tarde posso aproveitá-la de alguma outra maneira. Há um estado de ânimo especial para escrever e acho que tenho de estar ligado a esse estado que não é muito natural em mim. É mais fácil compor quando tenho um objetivo, um grupo, um disco, um concerto. De outra forma não sinto a iniciativa de compor.

 

Qual é o teu conceito pessoal de improvisação? Como integras o jogo improvisacional na tua concepção?

Para mim improvisar é estar presente na música e de alguma forma dar espaço à intuição e à magia, deixar que a música aconteça, saber ouvir e sentir... 

Encontrar novos desafios

Demian Cabaud por Carlos Paes 

Existe, ainda que longínquo, algum eco de tango na tua música?

Não sei, talvez exista, não seria de espantar porque gosto muito de tango e ouço regularmente. Também gosto muito de fado, mas acho que ainda não há eco de fado na minha música...

 

Estás em Portugal há quase dez anos. Notas diferenças entre o jazz que se fazia em Portugal nessa altura e o que se faz hoje? O facto é que, apesar da crise que vivemos, nunca houve tantos festivais, concertos, músicos, escolas… Que balanço fazes da tua década portuguesa?

Não concordo contigo em relação aos festivais. Há dez anos havia festivais de jazz em quase todas as terras, hoje em dia não é bem assim, para não falar dos “cachets” que se praticam hoje em dia... Em relação aos músicos acho que sim, em geral a comunidade, nestes últimos anos, cresceu muito e fez com que aparecessem grupos e músicos interessantes. Pena que haja muito bons músicos e tão poucos sítios onde tocar. Também há alunos nas escolas com muito potencial e isso dá uma boa perspetiva de futuro.

 

Olhando para a impressionante lista das tuas colaborações e gravações fica claro que és um dos músicos mais ativos e requisitados no panorama jazzístico nacional. Como encaras essa atividade frenética? Consideras-te um músico eclético?

Gosto de estar envolvido em muitos projetos diferentes e desafiantes. E sim, se calhar sou eclético...

 

Ainda há alguém no jazz em Portugal com quem gostasses particularmente de trabalhar e não tenhas tido oportunidade de o fazer?

Assim de repente não me lembro de ninguém com quem não tenha tocado. Talvez a malta da geração mais nova…

 

Dessa lista ressalta a tua colaboração permanente com a Orquestra Jazz de Matosinhos, a mais destacada “big band” nacional. Trabalhar com uma grande formação, sentires-te parte de uma engrenagem de fazer música é algo que te agrada? Como tem sido a tua relação com a OJM?

Há nove anos que toco com a OJM e tem sido uma experiência muito boa. Cresci imenso a tocar em “big band”, sobretudo nesta orquestra cujo conceito é extremamente flexível. Numa semana podemos estar a fazer repertório tradicional e a seguir algum contemporâneo. Tive a oportunidade de tocar repertórios célebres como os de Count Basie, Duke Ellington, Mel Lewis-Thad Jones, com convidados especialistas nisso, e aprendi muito. Também toquei música muito original, como o disco com Kurt Rosenwinkel ou os concertos com Maria Schneider, Guillermo Klein e outros foram um constante desafio. A OJM deu-me a oportunidade de fazer música com grandes artistas e isso, sem dúvida alguma, influenciou o meu percurso e a minha maneira de pensar o contrabaixo na música.

 

A pergunta torna-se inevitável: que ambiente musical preferes? O intimismo que consegues com grupos mais pequenos, designadamente com este teu trio, ou o luxo tímbrico proporcionado por formações mais alargadas? Escrever para estas últimas é algo que te motiva? Tem-lo feito?

Não vejo a música assim. Porque é que haveríamos de escolher entre uma ou outra opção? Gosto de fazer boa música, seja ela em “big band”, decateto, trio, duo ou a solo. Só escrevi para “big band” para as aulas de arranjo e foi há mais de dez anos... Agora a OJM desafiou-nos, aos músicos, para fazermos um programa com composições e arranjos nossos em dezembro, por isso vou aproveitar a oportunidade e ver o que é que sai. Uma coisa é certa, sei que não será fácil!

 

Interessa-te a atividade pedagógica? Participaste na gravação do DVD “Jazz Improvisation: A Personal Approach with Joe Lovano”. Como foi esta experiência?

Interessa-me a atividade pedagógica, desde que não ocupe muito espaço na minha agenda. Acho que é importante transmitir, especialmente quando se tem alunos interessados e dedicados. O DVD com Lovano foi há muito tempo, ele estava a dar umas aulas para saxofonistas na Berklee, na qual eles tinham de levar uma formação diferente por semana. Começava a solo, depois duo, trio, etc. Fui com diferentes saxofonistas, mas sempre com a mesma secção rítmica, Leo Genovese no piano, eu e o baterista alemão Dennis Frehse. Com esse trio tocávamos muito, tínhamos várias aulas juntos e havia muita empatia.

Lovano gostou de nós e pediu para irmos todas as semanas tocar com ele. Começava as aulas com uma ou duas músicas em quarteto. Foi um semestre muito enriquecedor. Certo dia pediu para irmos tocar ao auditório da escola. Só soube quando cheguei, e vi as câmaras, que era para a gravação de um DVD.

 

O que vai na tua cabeça para os tempos mais próximos?

Desfrutar da família, comer bem, como se come neste país, estudar e praticar o mais que puder e continuar a explorar a música encontrando novos desafios...

 

Para saber mais

http://demiancabaud.com

 

Discografia selecionada

Demian Cabaud: “En Febrero” (Freash Sound New Talent, 2013)

Ricardo Pinheiro: “Song Form” (TOAP/OJM, 2013)

Lagarto: “Lagarto” (Ed. autor, 2012)

Guimarães Jazz / TOAP Colectivo: “Vol. VI” (TOAP/OJM, 2012)

André Fernandes: “Motor” (TOAP/OJM, 2012)

Nuno Costa: “All Must Go” (TOAP/OJM, 2012)

Óscar Marcelino da Graça: “Velox Pondera”  (TOAP/OJM, 2012)

Gonçalo Marques: “Da Vida e da Morte dos Animais” (TOAP/OJM, 2012)

José Pedro Coelho: “Clepsydra” (Carimbo Porta-Jazz, 2012)

Demian Cabaud: “How About You?" (TOAP/OJM, 2011)

Maria João & Orquestra Jazz de Matosinhos: “Amoras e Framboesas” (Universal, 2011)

Iago Fernández: “Agromando” (Free Code Jazz Records, 2011)

Susana Santos Silva Quintet: “Devil’s Dress” (TOAP/OJM, 2011)

Guimarães Jazz / TOAP Colectivo: “Vol. IV” (TOAP/OJM, 2011)

Demian Cabaud: “Ruínas” (TOAP, 2010)

Kurt Rosenwinkel & Orquestra Jazz de Matosinhos: “Our Secret World” (Wommusic, 2010)

Paula Sousa: “Nirvanix” (JACC Records, 2010)

Idilic Trio: “Taurus” (Whatabout Music, 2010)

Gonçalo Prazeres: “Depois de Alguma Coisa” (Ed. autor, 2010)

Alejandro Chiabrando: “Green Light” (BlueArt Records, 2009)

André Fernandes: “Imaginário” (TOAP/OJM, 2009)

Ricardo Pinheiro: “Open Letter” (Fresh Sound New Talent, 2009)

Demian Cabaud: “Naranja” (TOAP/OJM, 2008)

André Matos: “Rosa Shock” (TOAP, 2008)

Francisco Pais Quintet: “School of Enlightenment” (Product of Imagination Records, 2008)

Laurent Filipe: “Flick Music” (iPlay, 2008)

João Lencastre's Communion: “One” (Fresh Sound New Talent, 2007)

Lee Konitz-Ohad Talmor Big Band feat. Orquestra Jazz de Matosinhos: “Portology” (Omnitone, 2007)

Joana Rios: “Universos Paralelos” (Música das Esferas, 2007)

Gonzalo del Val / Miguel Fernandez Vallejo: “Symploke Quintet” (PSM, 2006)

Orquestra Jazz de Matosinhos: “Invites Chris Cheek” (Fresh Sound New Talent, 2006)

Leo Genovese: “Haikus II” (Fresh Sound New Talent, 2005)

André Matos: “Small Worlds” (Fresh Sound New Talent, 2005)

Carmen Marsico: “Sogno” (Beartones, 2004)

Agenda

30 Maio

Hugo Ferreira e Miguel Meirinhos

Maus Hábitos - Porto

01 Junho

André Santos e Alexandre Frazão

Café Dias - Lisboa

01 Junho

Beatriz Nunes, André Silva e André Rosinha

Brown’s Avenue Hotel - Lisboa

01 Junho

Ernesto Rodrigues, José Lencastre, Jonathan Aardestrup e João Sousa

Cossoul - Lisboa

01 Junho

Tracapangã

Miradouro de Baixo - Carpintarias de São Lázaro - Lisboa

01 Junho

Jam session

Sala 6 - Barreiro

01 Junho

Jam Session com Manuel Oliveira, Alexandre Frazão, Rodrigo Correia e Luís Cunha

Fábrica Braço de Prata - Lisboa

01 Junho

Mano a Mano

Távola Bar - Lisboa

02 Junho

Rafael Alves Quartet

Nisa’s Lounge - Algés

02 Junho

João Mortágua Axes

Teatro Municipal da Covilhã - Covilhã

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