Contínuo mistério
Desdobrando a sua atividade musical como guitarrista, compositor, arranjador e docente, Bruno Santos é um nome sólido no panorama do jazz nacional. A abordagem consequente que vem prosseguindo há mais de uma década enquadra-se claramente na tradição do género, sendo devedora de figuras marcantes como Wes Montgomery e Jim Hall.
Depois de dois discos em formato mais reduzido – “Wrong Way”, a estreia em 2005, e “TrioAngular”, de 2007 – e de ter composto e arranjado material para o Septeto do Hot Clube de Portugal, em 2011, o madeirense cumpre agora um desejo antigo: gravar em nome próprio composições e arranjos seus para formato mais alargado. Rodeia-se, para tal, de uma assembleia de importantes nomes do jazz luso, onde constam Gonçalo Marques, Luís Cunha, Paulo Gaspar, Jorge Reis, César Cardoso, Rodrigo Gonçalves, João Hasselberg, Luís Candeias e Mariana Norton.
A jazz.pt falou com ele sobre o novo disco e muito mais.
Em texto que acompanha o teu novo disco, afirmas que este é a concretização de um sonho que há muito vinhas acalentando. Queres descrever o historial deste processo?
Desde o primeiro momento em que comecei a estudar música que me lembro de ter uma grande curiosidade pela harmonia e por fazer arranjos para ensembles de média e grande dimensão. Já tinha experimentado grupos mais pequenos, nomeadamente um quarteto e um trio, e apetecia-me explorar algo diferente e que tanto me cativava e intrigava.
Depois de um período em que transcrevi e tentei perceber possibilidades de arranjos para formações deste tipo, fiz a primeira experiência com o Septeto do Hot Clube de Portugal (em 2009). Dois anos depois apeteceu-me fazer a mesma coisa com um grupo um pouco maior.
O que te atrai na escrita para formações mais alargadas? Antes deste disco já tinhas, como disseste, composto e arranjado material para o Septeto do Hot Clube. Quais são os principais desafios que estes formatos expandidos te colocam?
O que mais me atrai é a possibilidade de usar timbres distintos com quatro, cinco, seis vozes, ter uma massa de som com cores diferentes a fazer aquilo que é possível na guitarra ou no piano, mas com instrumentos de características distintas. Ouvir linhas melódicas ou acordes distribuídos por diferentes instrumentos é uma sensação incrível. Além disso, há o desafio e a obrigação de ficar a conhecer um pouco melhor cada um desses instrumentos.
A sensação que dá é que há um número infinito de opções e isso é desafiante e obriga a experimentar, escrever e principalmente apagar muito! Sentia-me um pouco frustrado por tentar algo do género num formato de trio ou quarteto. Cheguei à conclusão de que não fazia sentido forçar algo que não é possível numa formação intimista. Para pôr cá fora mais informação harmónica e tímbrica precisava de mais instrumentos.
Gozo e muita vontade
Apesar deste contexto alargado, as tuas composições continuam a revelar uma elegância e um apuro formais que são, de algum modo, a tua imagem de marca enquanto compositor. Como consideras que este disco se integra na sequência da tua anterior produção discográfica? Creio que, analisando-a, seja um passo dado com a maior naturalidade…
Considero que há um maior controlo sobre aquilo que faço. Penso, no entanto, que há uma certa relação com aquilo que fiz anteriormente, sobretudo com “Trioangular”. A sonoridade e as soluções que acabo por encontrar vêm de uma série de referências importantes e marcantes para mim. Ainda assim, um dia depois de terminada a gravação queria mudar muita coisa no disco. Mas acho que o facto de lidar com essas dúvidas de maneira natural confirmam que estou um pouco mais maduro. É sinal da idade – não pareço, mas aproximo-me rapidamente dos 40!
Hoje em dia, apesar de ter sempre muitas dúvidas e questões em relação à música que escrevi para esta formação alargada, também me reconforta o facto de ter consumado a coisa e perceber que é uma fase da minha vida que está registada. Naquele momento foi o que saiu e isso é o mais importante. Mostrarmos a nossa música numa determinada fase sem receio do que possa vir depois. Para a frente é o caminho e o que está feito, feito está. De qualquer modo, estou satisfeito com o trabalho final e penso que consegui manter uma certa coerência e, como referes, foi um passo dado com naturalidade, responsabilidade, gozo e muita vontade.
És acompanhado por um conjunto de músicos de diferentes gerações, mas todos com créditos firmados no panorama do jazz nacional. Como se deu a reunião deste teu Ensemble? Que critérios presidiram à escolha dos músicos que o integram?
O principal critério foi reunir malta com quem gosto de tocar, que gosta de tocar e que gosta de novos desafios. Além disso, para mim era essencial reunir um grupo de músicos com quem tenho afinidade pessoal. É o caso desta formação: além do bom ambiente musical, há sempre uma boa onda generalizada e isso é essencial. Pelo menos para mim.
Compuseste especificamente a pensar nestes músicos ou isso não influenciou a tua escrita?
Ainda não tinha a certeza se seria um noneto ou um decateto. Por exemplo, queria ter flauta no grupo e isso implicaria alguém para tocar flauta só em douas ou três peças, mas depois lembrei-me que Luís Cunha, além de tocar trombone, contrabaixo, guitarra, piano e outros mais, também toca flauta. Isso obrigou-me a modificar um ou outro arranjo porque não poderia ter trombone e flauta em simultâneo, mas fui aos poucos chegando a um compromisso entre retocar os arranjos em função dos músicos e instrumentos que tinha.
Em alguns temas ou passagens específicas desses mesmos temas, pensei não só no instrumento mas também no músico em questão. De algum modo, a minha música foi influenciada pelas diferentes personalidades de cada um deles e foi sendo modificada com o contributo de todos. Houve muitas e boas propostas de todos eles. É essencial ouvir a opinião dos músicos, especialmente sobre questões técnicas de instrumentos que não domino, como são os sopros.
Quem quer improvisar?
No novo disco equilibram-se as estruturas composicionais com momentos de interação entre os diversos músicos e instrumentos, criando diferentes diálogos e simbioses. Que margem de manobra concedes aos músicos que contigo trabalham? Qual foi o papel deles na construção do som global do disco, para além da interpretação das peças que escreveste?
Diria que há uma margem grande onde tal é possível. Ou seja, no caso dos solos fui perguntando quem queria improvisar em determinadas secções e noutras defini à partida quem queria naquele solo específico. A partir do momento em que está definido o solista não tenho mais nada a dizer, é deixar e ver o que acontece. Nalguns casos e momentos dos temas é difícil fugir ao que está pré-determinado, porque há muitos elementos envolvidos, um pouco à imagem do que acontece numa “big band” em que há música escrita.
Os músicos tiveram um papel essencial porque foram ajudando e propondo alternativas para melhorar o som global. Tento interferir o menos possível. Acredito que, quando chamo um músico por gostar do que toca e por ter determinada personalidade, não faz sentido estar a mudá-lo e ir contra aquilo que é o ADN desse músico específico. É essa personalidade que influenciará, pela positiva, o som final que pretendo.
Continuas, em meu entender, a apostar numa nitidez melódica, que sempre exploraste em formatos mais reduzidos, aliada agora à energia orquestral e ao luxo tímbrico que esta formação te proporciona… Concordas?
Sim, concordo. A melodia tem grande importância para mim e a clareza, a nitidez, como descreves, é algo que procuro e que, infelizmente, muitas vezes não encontro, mas continuarei a busca. A parte rítmica tem também muita importância e nestes últimos dois grupos que liderei (o septeto e o decateto) explorei algumas ideias rítmicas diferentes em relação aos discos anteriores.
Wes Montgomery, por exemplo, foi um guitarrista seminal que a dada altura sentiu necessidade de gravar com uma secção de cordas… Já pensaste nessa possibilidade?
Na verdade já pensei nisso, mas confesso que não cheguei a uma conclusão sobre se farei uma coisa dessas. A começar pela dificuldade logística e pelo facto de nunca ter feito nada do género. Há alguns discos marcantes para mim com secção de cordas (“Parker With Strings”, “Clifford Brown With Strings”, discos de Tom Jobim com orquestra, citando só alguns), mas não sei se não passará apenas disso, de referências. Tudo é possível.
E parece-me evidente que muitos dos elementos que incorporas nas tuas composições derivam de diferentes períodos da história do jazz. Qual acaba por ser, então, a contribuição da tradição jazzística para a música que fazes?
A tradição jazzística influencia-me muito. Ouvi e transcrevi muitos músicos que fazem parte da tradição e aprendo todos os dias o rigor de tocar uma boa melodia, de ser claro ritmicamente, de fluir sobre progressões harmónicas. Isso está presente em todos os discos da tradição e não só, mas acho que o rigor e a procura por dominar ao máximo estas três vertentes essenciais (ritmo, melodia e harmonia) vêm desse estudo e dessa audição e acompanham-me em tudo o que faço, seja a tocar numa “jam”, seja a escrever música para formações pequenas ou grandes.
Aprendi que é essencial respeitar a tradição, pela maneira como todos estes músicos foram abrindo caminho, descobrindo coisas novas e “empurrando” a música para a frente, esticando e quebrando barreiras. Mas penso que a melhor maneira de respeitá-la é não tentar fazer igual ao que já foi feito. É isso que me faz procurar o meu caminho, o que foi feito está feito pelos melhores e de todas as maneiras, tentar recriar ou fazer igual seria mais do mesmo e a meu ver talvez não fosse uma boa maneira de homenagear e respeitar a tradição.
O ritmo é que é mais importante
Penso que também te deixas contaminar por elementos de fora do universo do jazz. Que música mais tens ouvido nos últimos tempos?
Ouço muito jazz, mas mais antigo. A Mariana (minha mulher) diz a brincar que só ouço músicos que já não estão vivos! Ajuda-me ouvir coisas mais distantes, talvez numa tentativa de não imitar referências muito próximas. Isso ajuda-me, especialmente quando escrevo música, a misturar um pouco de tudo o que ouço. Além de jazz ouço algum rock, também antigo (Nirvana, Deep Purple, Jimi Hendrix, Led Zeppelin), ouço muita música brasileira (Tom Jobim, João Bosco, Elis Regina, Edu Lobo), ouço algum disco sound, tudo o que envolva “groove”, balanço. Esse é o tipo de música que mais me fascina: dou muita importância ao ritmo.
Talvez para mim seja a questão essencial: o ritmo é o que faz unir tudo o resto. Um conjunto de notas só se torna uma boa melodia depois de juntar o ritmo – isto é discutível mas é quase sempre assim. Acho que numa resposta anterior disse que a melodia é o essencial para mim e a partir daqui vou passar a ser levado pouco a sério! Mas não, acredito que o ritmo é que é a parte mais importante da música.
Aproveitas a plasticidade da voz de Mariana Norton como se de mais um instrumento se tratasse, sem recurso a palavras (exceção feita a “A Donzela Atrás da Porta”)… É indubitavelmente um elemento central em muitas das peças…
A Mariana teve um papel essencial e bem difícil. Quando comecei com o grupo não tinha voz, mas ao juntar a Mariana tudo fez sentido. Foi como que a argamassa a unir tudo o que estava solto. O som ficou como eu o idealizava depois de incluir a Mariana. Na verdade, sempre tive esse som a pairar.
Há uns bons anos atrás ouvi pela primeira vez “Music for Large & Small Ensembles”, de Kenny Wheeler, e bateu-me forte. As composições, os arranjos e o grupo são fenomenais e a voz de Norma Winstone dá uma cor incrível à música. Essa foi a minha principal referência. Gosto muito do efeito da voz como se fosse mais um instrumento de sopro. E a Mariana tem as características perfeitas para esse papel.
Como têm sido as reações ao disco? Já o apresentaste na Festa do Jazz do São Luiz e no Hot …
As reações têm sido muito boas. Apresentei-o na Festa do Jazz do São Luiz, contexto ideal, mas exigente, para a apresentação de um novo projeto. Mas no geral tem sido bem aceite, o que me deixa muito feliz porque me deu imenso trabalho.
Consideras alcançados os objetivos a que te propuseste com este álbum ou esta é apenas uma fase de um “work in progress”?
Como disse anteriormente, nunca estou satisfeito, mas o disco está cá fora, portanto consegui fechar mais um capítulo da minha carreira enquanto músico. A partir do momento em que fecho um, abro outro e é isso que me mantém ativo. E sendo assim isto será sempre um “work in progress”.
Depois deste disco vais regressar aos formatos mais reduzidos?
Já regressei. Fiz agora três concertos no Hot Clube com um novo grupo, um quinteto (João Moreira, Jeffery Davis, Nelson Cascais e André Sousa Machado) com o qual pretendo gravar até ao fim do ano. Escrevi repertório novo e aproveitei dois temas antigos. Tudo está montado e há algumas datas para breve. Agora é tocar, rodar e gravar.
Afinal, que ambiente musical preferes? O intimismo que tens com grupos pequenos (trios, quartetos) ou formações mais alargadas, que te garantem outro tipo de soluções?
Gosto dos dois. Na verdade gosto de testar soluções novas, nunca repeti uma formação durante muito tempo. Eventualmente, voltarei a grupos anteriores, mas a vontade de experimentar novas fórmulas tem falado mais alto.
Dúvidas sobre as certezas
Continuas entretanto a desenvolver intensa atividade académica. Para além de dirigires pedagogicamente a Escola de Jazz Luiz Villas-Boas, do Hot Clube de Portugal, és docente na Escola Superior de Música de Lisboa. Muito se tem discutido nos últimos tempos sobre as alegadas vantagens e desvantagens do ensino formal do jazz, à volta da dicotomia entre “liberdade” vs. “formatação”, da emulação de modelos anteriores e do prosseguimento de um caminho de formação autónomo. Quero saber a tua opinião sobre esta recorrente controvérsia…
É verdade, neste momento dou aulas na ESML (12 horas semanais) e dirijo a escola do HCP, que me tira também algumas horas. No entanto, continuo a considerar-me um músico que dá aulas e que neste caso também dirige uma escola. Sem atividade regular a tocar tudo o resto não faria sentido. Confesso que a vida académica não é propriamente o que mais me atrai, ainda que ache essencial o papel que as escolas desempenham, especialmente (e aqui falo mais com o coração) o papel que uma escola como o HCP tem. E devo confessar que dirigir a escola do Hot Clube é um privilégio gigante e uma responsabilidade enorme, mas em função do trabalho e dos cabelos brancos que já ganhei à custa disso, dificilmente seria possível fazê-lo noutro sítio que não o Hot Clube.
O facto de gostar muito de ali estar quase todos os dias faz-me esquecer o trabalho e os novos cabelos brancos. Além disso, encontrei a pessoa perfeita para trabalhar no Hot: Inês Cunha, presidente da direção. É mais fácil quando existe alguém que pensa as coisas da mesma maneira e tem o mesmo amor à causa. Bom, de qualquer modo esta questão das vantagens e desvantagens do ensino formal é difícil de discutir numa só resposta.
Acredito que há, de facto, prós e contras e como tenho lidado com muitos alunos diria que a escola por si só não resolve os problemas. Nem pouco mais ou menos. Eu e a maior parte dos músicos da minha geração, e de anteriores gerações, somos autodidatas, aprendemos a tocar uns com os outros, a ouvir e a aprender dos discos, a tocar em “jam sessions”, etc. Estudei na escola do HCP e aquilo que guardo de mais importante foi o contacto com músicos que me habituei a ouvir e a ver regularmente, foi o contacto com os meus colegas, enfim, com o ambiente que se vivia à volta da escola.
Diria que com o aparecimento das universidades criou-se a expectativa de que estas resolvessem todos os problemas e com a quantidade de informação que temos disponível hoje em dia, e em tempo real, parece-me que se perdeu um pouco o valor das coisas. Por outro lado, o ensino do jazz ganhou uma consistência que não tinha, o aspeto mais formal da coisa trouxe maior qualidade ao ensino do jazz. Continuo a acreditar que a escola e os professores apenas podem apontar caminhos e ajudar a tomar a direção certa, mas a parte mais difícil tem de ser feita pelos alunos.
Como professor, tenho a obrigação de pôr à disposição informação que permita que os alunos se tornem músicos competentes e a partir daí cada um segue o seu caminho. Penso que essa é a principal função de um professor de música. O resto tem que ser feito pelos alunos. Citando alguém de que não me lembro o nome: «Não há bons professores, há bons alunos.» Afirmação radical, mas que tem o seu quê de verdade.
No entanto, hoje em dia o HCP tem alunos com 9 anos e acho que a escola tem um papel primordial nessa fase mais precoce. Temos apostado em aceitar alunos mais novos e pura e simplesmente, sem qualquer tipo de pressão, fazer com que se divirtam a tocar e a descobrir por eles próprios a música e, concretamente, o jazz. Num nível superior ou académico a maior parte dos alunos vem já com ideias muito concretas sobre o que querem fazer e, eventualmente, com menor espírito de abertura. Mas lá está, estou a generalizar e esta é uma discussão sem fim. Aceito que haja posições opostas. Eu próprio tenho muitas dúvidas sobre as minhas certezas.
Sendo assim, o que procuras transmitir de essencial aos teus alunos?
Que isto dá muito trabalho e é preciso humildade para perceber quais as fraquezas que temos e trabalhar para resolvê-las. Se conseguirmos ter essa distância e perceber os nossos pontos fracos e se houver força e coragem para lidar com os nossos problemas a coisa fica mais fácil. Aqui penso que o professor pode ter um papel decisivo, por conseguir ver de fora e ter essa distância. Tento passar essa mensagem aos alunos e a mim próprio, todos os dias.
Novos segredos, novos caminhos
A tua atividade sempre foi marcada por diversas colaborações. Em que outros projetos estás presentemente envolvido?
Gravei recentemente com algumas das formações em que toco há algum tempo. Os discos estão quase cá fora, designadamente os de Joana Machado, Mariana Norton e André Carvalho. Além destes projetos tenho um com Filipe Melo (Melo/Santos ou Santos/Melo, dependendo de quem arranja os concertos!) e este ano vamos trazer o saxofonista John Ellis para sete concertos em julho.
Continuo a tocar no novo grupo de César Cardoso (vamos gravar ainda este ano) e nos últimos tempos tenho trabalhado com o meu irmão, André Santos, num formato de duo e quarteto a que demos o nome óbvio Mano a Mano. Temos mais umas datas para breve e pode ser que saia um disco mais para a frente. Estes são os projetos mais regulares ou consistentes. Além destes, estou em outros com menos regularidade, com Laurent Filipe e Gonçalo Marques, neste último caso visando as “jam sessions” do Café Tati.
O que poderemos esperar de ti nos tempos mais próximos?
Espero continuar com atividade regular: tocar, compor, gravar. Tocar muito essencialmente e ter energia para levar a escola do Hot Clube a bom porto. É a minha segunda casa, um sítio que adoro e enquanto houver força e energia para acumular esse cargo é isso que espero fazer nos próximos tempos.
Jim Hall disse em certa ocasião que a guitarra continuava a ser para ele um mistério. E para ti, a guitarra ainda tem segredos?
Muitos segredos. A cada dia que passa vou descobrindo novos segredos, mas também novos caminhos. A música é um mistério contínuo. Mas isso é o que nos faz continuar à procura. E é isso que me mantém vivo.
Para saber mais
Discografia selecionada
Bruno Santos Ensemble: “Bruno Santos Ensemble” (Tone of a Pitch, 2013)
André Carvalho: “Hajime” (Tone of a Pitch, 2011)
César Cardoso: “Half Step” (Edição de autor, 2010)
Septeto do Hot Clube de Portugal: “Septeto do Hot Clube de Portugal” (Tone of a Pitch, 2009)
Bruno Santos: “Trioangular” (Tone of a Pitch, 2007)
Laurent Filipe: “Ode to Chet” (Som Livre, 2006)
Marta Hugon: “Tender Trap” (Som Livre, 2006)
Bruno Santos: “Wrong Way” (Tone of a Pitch, 2005)
Paula Oliveira / Bernardo Moreira: “Lisboa que Adormece” (Universal, 2005)
Filipe Melo Trio: “Debut” (Clean Feed, 2005)
Joana Rios: “Canta Ella Fitzgerald” (Tone of a Pitch, 2005)
Hugo Alves: “Estranha Natureza” (Edição de autor, 2003)