Rita Maria
Uma das grandes vozes do atual jazz nacional, Rita Maria é uma cantora de recursos vastos que tem sido uma figura omnipresente da cena portuguesa. Desdobrando-se em múltiplos projetos, tem-se destacado a trabalhar em duos, com Afonso Pais (em “Além das Horas”) e Filipe Raposo (no discos “Live In Oslo” e “The Art of Song, Vol 1: When Baroque Meets Jazz”). No final de 2022 editou o disco “Quang Ny Lys”, num trio com João Mortágua e Mané Fernandes – um dos objetos musicais mais originais e inclassificáveis que marcaram o ano. Citando António Branco, Rita Maria é «senhora de um canto límpido e versátil, tão à-vontade quando trabalha as palavras ou quando delas prescinde». Além de intérprete, compositora e improvisadora, Rita Maria tem estado também ativamente envolvida em outros campos: é uma das figuras por detrás da editora Roda Music, uma label cada vez mais presente e ativa; e em 2022 fez a curadoria artística da primeira edição do Festival Theia, evento que celebrou três gerações de mulheres criativas. Lançámos-lhe o desafio de escolher “os discos da sua vida”. Aqui estão eles.
Keith Jarrett: “The Melody at Night with You” (ECM, 1999)
John Coltrane: “My Favourite Things” (Atlantic, 1961)
Sting: “…Nothing Like the Sun” (A&M, 1987)
Bill Evans: “You Must Believe in Spring” (Warner, 1981)
Chico Buarque & Edu Lobo: “O Grande Circo Místico” (Som Livre, 1983)
Ella Fitzgerald: “Ella in Berlin: Mack the Knife” (Verve, 1960)
Elis Regina: “Live in Montreux” (WEA, 1982)
Maria João & Mário Laginha: “Lobos, Raposas e Coiotes” (Universal, 1998)
Pink Floyd: “The Wall” (Harvest, 1979)
Carmen McRae: “Carmen Sings Monk” (Novus, 1990)
Kenny Wheeler: “Music for Large and Small Ensembles” (ECM, 1990)
Theo Bleckmann & Ben Monder: “No Boat” (Songlines, 1997)
Maria Schneider Orchestra: “Allégresse” (Enja, 2000)
Joni Mitchell: “Blue” (Reprise, 1971)
Kurt Rosenwinkel: “The Next Step” (Verve, 2001)
Brad Mehldau: “Elegiac Cycle” (Warner, 1999)
Fausto Bordalo Dias: “Por Este Rio Acima” (Triângulo, 1982)
Mônica Salmaso: “Corpo de Baile” (Biscoito Fino, 2014)
Maurice Ravel / Stuyvesant String Quartet: “String Quartet In F Major” (Nonesuch, 1964)
Guinga: “Cine-Baronesa” (Caravelas, 2001)
Tigran Hamasyan: “Shadow Theatre” (Verve, 2013)
Arnold Schoenberg / Marco Gaggini & Matteo Fossi: “Chamber Symphonies: Five Pieces, Op. 16” (Brilliant Classics, 2017)
Richard Strauss / Jessye Norman & Gewandhausorchester Leipzig: “Four Last Songs / Six Orchestral Songs” (Philips, 1983)