The Rite of Trio no CCB a 10 de fevereiro
O The Rite of Trio apresenta no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, no próximo dia 10 fevereiro, às 21h, o seu álbum “Free Development of Delirium”, editado em 2021 pela Clean Feed.
A formação constituída pelo guitarrista André B. Silva, o contrabaixista (também baixista e guitarrista) Filipe Louro e o baterista (e manipulador de eletrónicas) Pedro Melo Alves apresenta a sua música “feita de escombros de vanguardas passadas”, assente numa abordagem que mistura elementos provenientes tanto do jazz e da música erudita contemporânea, como do metal, do punk e de outras referências da contracultura. Seis anos após “Getting All the Evil of the Piston Collar!”, no Carimbo Porta-Jazz, e na sequência de uma encomenda por parte do festival Cheltenham Jazz Festival, é editado “Free Development of Delirium”, com selo da Clean Feed.
«Trata-se de um disco conceptual, inspirado nas cartas que Antonin Artaud escreve a várias instituições de poder questionando os limites da ideia de sanidade na sociedade, compiladas na edição “Carta Aberta... aos Poderes”», explica o grupo à jazz.pt. «A partir desse mote conceptualizado inicialmente em 2013, o trio abraçou em 2021 uma escrita focada, resultando numa suite em três partes, que parte de uma abordagem mais tradicional - com estéticas descomplexadas de música contemporânea, rock e música improvisada - para alcançar uma desconstrução performática onde a loucura e o erro são explorados como matéria criativa. O álbum desagua finalmente numa catarse, com recurso a várias camadas eletrónicas, onde o ímpeto disruptivo de Artaud se dilui numa tranquilidade sem forma nem certezas.»
Esta proposta foi crescendo ao longo das apresentações que o grupo fez nos últimos dois anos, com passagens por festivais como Saalfelden Jazz Festival (Saalfelden, Áustria) e Jazzahead! (Bremen, Alemanha). «Neste espetáculo do Centro Cultural de Belém podem esperar uma celebração especialmente intensa das premissas que o álbum contém, com um desenho de luz instalativo de Diogo Mendes e os momentos de improvisação aberta a poderem resultar em tudo. Como estava escrito nas notas das nossas partituras em determinada secção, #EVERYTHINGISPOSSIBLE. E adoramos sentir o perigo desta intenção mais vivo do que nunca», acrescenta o grupo.
Espera-se um ataque sónico que não deixará pedra sobre pedra.
Os ingressos custam entre 12 e 15 euros (são aplicáveis descontos) e podem ser adquiridos na bilheteira do CCB ou aqui.