OUT.FEST no Barreiro entre 5 e 8 de outubro
A edição de 2022 do OUT.FEST – Festival Internacional de Música Exploratória do Barreiro, a 18.ª, decorre entre os próximos dias 5 e 8 de outubro, envolvendo três dezenas de apresentações e duas conversas, distribuídas por oito espaços daquela cidade da margem sul do estuário do rio Tejo. Um evento a que a Wire já se referiu como «um festival com cérebro, mas também coração e alma.»
No arranque, feriado nacional, no Centro Comercial Sol-Pôr, Rita Santos (bolseira da OUT.RA) apresenta a sua instalação “A Segunda Natureza”; às 17h30, nas Oficinas da CP do Barreiro, será a vez de Will Guthrie & Ensemble Nist-Nah; à noite (Sala 6, 21h30) haverá uma conversa informal com Guthrie – baterista australiano a viver atualmente em Nantes – no âmbito do projeto REMAIIN - Radical European Music and its Intercultural Nature.
No dia 6, na Sociedade de Instrução e Recreio Barreirense “Os Penicheiros”, acontecem dois dos momentos do festival que maior expetativa geram: a apresentação a solo da flautista, compositora e improvisadora Nicole Mitchell (21h30) – que também passará pelo Jazz ao Centro – Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra – e, logo depois (22h15), o concerto de Amirtha Kidambi, que a partir de Nova Iorque tem vindo associar-se a artistas de relevo como Mary Halvorson, Darius Jones ou William Parker. Neste espetáculo junta a sua voz, harmónio e sintetizador com a bateria e as eletrónicas de Max Jaffe, o baixo de Nick Dunston e o saxofone soprano e o moog de Matt Nelson, no projeto “Elder Ones”.
No sábado, 7 de outubro, a Biblioteca Municipal acolhe uma conversa entre Amirtha Kidambi e o músico, autor, curador e divulgador David Toop, com início às 17h30 (também ao abrigo do projeto REMAIIN), a que se seguirá uma apresentação de Toop às 18h30.
À noite, na Associação Desenvolvimento Artes e Ofícios (ADAO), haverá uma maratona que se inicia com a dupla Cavernancia & Maria da Rocha (21h30), prosseguindo com bar italia (22h15), um recital da notabilíssima pianista e compositora Eve Risser (na foto), às 23h – colaboradora frequente de figuras da cena francesa como Edward Pérraud ou Benjamin Duboc, autora, entre outros, de "Des Pas Sur la Neige" e “Après un Rêve”, álbuns a solo editados pela Clean Feed, e com associações a músicos portugueses como Pedro Melo Alves ou Marcelo dos Reis –, Sereias (23h45), Phew (00h30), Ecko Bazz feat. Still (01h15), DJ Narciso (2h) e DJ Haram (03h30).
No último dia do evento haverá acontecimentos a decorrer em paralelo. Uma matinée na SIRB “Os Penicheiros” com Poly Vuduvum (16h) e Usof (17h45); na Biblioteca Municipal tocam Luís Fernandes (16h), Dies Lexic (17h15) e a norte-americana Claire Rousay, pela primeira vez em Portugal (18h15); no Largo do Mercado 1.º de Maio apresentam-se Má Estrela, nova banda do saxofonista Pedro Alves Sousa (16h45), e George Silver & Gold (18h40), com o barreirense André Neves (aka George Silver), David Caiado, Duarte Reis e Ernesto Vitali (“Inocente Indecente” foi lançado no ano passado ao abrigo de uma bolsa de criação da OUT.RA); na Sala 6 será a vez de Dibuk (17h) e Ece Canli (18h); na ADAO, Carincur (21h30), a dupla Burnt Friedman & João Pais Filipe – com baterista e manipulador de eletrónicas, que se cruzaram na edição de 2018 do OUT.FEST, a trazerem o primeiro volume de “Automatic Writing”, com subtítulo "Mechanics of Waving” (22h15) –, Audrey Chen (23h), Richard Dawson & Circle (23h45), Prison Religion (00h30) e RP Boo (01h15); por fim, madrugada dentro, no Gasoline, atuarão Pisitakun (02h00) e Violet (03h30).
Os bilhetes diários custam entre 8 e 15 euros e os passes 30 euros. Estão disponíveis aqui.
Mais informações sobre o OUT.FEST em outfest.pt.