, 2 de Agosto de 2022

Setembro na ZDB

fotografia: Nuno Martins

Já é conhecida a programação da Galeria Zé dos Bois (R. da Barroca 59, ao Bairro Alto, em Lisboa) para o próximo mês de setembro, após a habitual paragem estival de agosto. Entre as principais propostas estão o projeto Conundrum do baterista e compositor Pedro Melo Alves (desta feita acompanhado por Ignaz Schick), o projeto Quatroconnection de Carla Santana, Volúpia das Cinzas e The Selva.

Na sexta-feira, dia 2, às 22h, acontece o DayDream Fest, com 5laughter, B4icry2, DRVGBOY, floraa, frost.y, INEM 112, Mizu, Nosvu b2b nests. No dia seguinte, com início às 19h, passa o filme “Frágil” de Pedro Henrique, seguido de concertos de Caroline Lethô, Peterr, Putas Bêbadas e Volúpia das Cinzas (projeto de Gabriel Ferrandini, com Hernâni Faustino e Pedro Sousa).

Na quarta-feira, 7, também às 22h, é a vez da norte-americana Marisa Anderson apresentar o novo álbum, “Still, Here”, que marca o regresso às gravações a solo, na casa que tem acolhido os seus últimos trabalhos, a Thrill Jockey. Segue-se a portuguesa Chica, que em 2022 lançou o seu primeiro EP, no qual trabalhou nos últimos dois anos, entre o Minho e Lisboa.

Huerco S. (alter ego de Brian Leeds) regressa à ZDB para apresentar “Plonk”; George Silver (aka André Neves) toca “Inocente Indecente”, o novo disco, descrito como «um exercício dialético em torno do impulso e da forma; uma tentativa de canalizar o fluxo que precede a linguagem e de parar, ouvir, e voltar atrás sob o compromisso de não o comprometer.» É na quinta-feira, 8 de setembro, a partir das 22h.

No sábado, dia 10, às 22h, será a vez de se apresentarem Steven Warwick e os Mercury Haze. O britânico Warwick traz a sua música feita de ritmos palpitantes e melodias enigmáticas, sob uma voz sussurrante cada vez mais próxima do formato de canção. Os portugueses Mercury Haze, trio constituído por Photonz, nëss e Slug Beetle, são uma boa surpresa em 2022 com o seu EP de estreia, homónimo.

Na quarta-feira, 14, é a vez do trio The Selva, formado em 2016 por Ricardo Jacinto (violoncelo), Gonçalo Almeida (contrabaixo) e Nuno Morão (bateria), traz a sua música saudavelmente inclassificável, onde cabem jazz, música de câmara, folk, música erudita contemporânea a pós-rock. Quatroconnection é o projeto a solo da manipuladora de eletrónicas Carla Santana (na foto), que «transforma a sua contemplação do som como frequência, timbre e textura em viagens exploratórias», num continuum de camadas geradas por sintetizadores, objetos e pedais de efeitos. Tudo começa às 22h.

No dia 15, às 22h, os britânicos Coby Sey e Ben Vince apresentam “Conduit”, editado pela londrina AD 93, álbum com que Coby Sey viveu obcecado durante anos. Spoiler: as memórias de ouvir “Maxinquaye” ou “Pre-Millennium Tension” de Tricky, a meio de noventas, podem assaltar o ouvinte. A 16, ao final da tarde, a ZDB acolhe a terceira edição do Ano 0, festival comunitário organizado pela Rádio Quântica que celebra novas propostas vanguardistas nacionais por parte de artistas emergentes e à margem.

Na quarta-feira 21, às 22h, apresentam-se Ducks Ltd. e Hause Plants. Os primeiros são Tom Mcgreevy (vozes, guitarra, teclados e baixo) e Evan Lewis (guitarra, baixo e beats), duo baseado atualmente entre Toronto e Geelong, na Austrália, e que se tem vindo a afirmar pela sua devoção à jangle-pop. Seguem-se os portugueses Hause Plants (presentemente fixados em Brooklyn, Nova Iorque), que regressam à ZDB depois da última visita, em março de 2021. Guilherme Correia (voz e guitarra), João Simões (guitarra elétrica, teclados e segundas vozes), Dani Oliveira Royo (guitarra elétrica) e António Nunes da Silva (bateria) editaram um novo EP pela californiana Spirit Goth Records, intitulado “Sleeping With Weird People” no qual se descortina uma mudança de rumo estilístico, agora porventura mais dançável.

No dia seguinte, à mesma hora, haverá duas propostas vindas dos antípodas: primeiro YL Hooi – projeto de Valya Ying-Li Hooi que cruza pós-punk, minimal synth, dub, krautrock – e depos Silzedrek, o mais recente pseudónimo do multi-instrumentista Tarquin Manek, oriundo de Melbourne, que mescla dub, ambient techno, passando pelo jazz e pela música de câmara. Já na segunda 26, a noite começa com os LEYA – duo norte-americano formado pelo harpista Marilu Donovan e pelo violinista Adam Markiewicz – apresentam álbum novo, “Eyeline”; Seán Being, irlandês a residir atualmente na área de Lisboa, traz “Faux Window”, editado em 2021, entre o neorromantismo digital e um lado confessional.

Finalmente, a 29 de setembro, às 22h, o baterista e compositor Pedro Melo Alves (na foto) dá continuidade ao ciclo Conundrum, depois de em julho ter contado com Sara Serpa (em novembro o encontro será com Audrey Chen). Mas desta feita, na ZDB, o diálogo será com Ignaz Schick, compositor, improvisador, artista sonoro e visual com epicentro bem ativo em Berlim, irradiando para toda a Europa, movendo-se fluidamente entre o noise e o reducionismo, do jazz à eletroacústica. A não perder.

Informações adicionais e bilheteira em zedosbois.org.

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24 Março

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24 Março

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24 Março

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24 Março

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24 Março

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Fábrica Braço de Prata - Lisboa

25 Março

Duke Ellington’s Songbook

Sunset Jazz - Café 02 - Vila Nova de Santo André

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