Exposição sobre jazz na BD até 31 de março no Hot Clube
Continua patente até final de março na sede do Hot Clube de Portugal (Praça da Alegria, 48, em Lisboa) a exposição “O Jazz na BD”, com curadoria de Leonel Santos, e que a jazz.pt já visitou. Na mostra, estreada em setembro do ano passado, podem ser vistas pranchas de autores portugueses – como José Carlos Fernandes, com a sua “A Pior Banda do Mundo” (na imagem) – a obra mais premiada da banda desenhada portuguesa –, ou o fanzine “Jazzbanda”, editado pelo já desaparecido Geraldes Lino – e internacionais, como Will Eisner, Harvey Pekar, Robert Crumb, Guido Crepax, Sergio Toppi, Youssef Daoudi, Cabu, Siné, Jose Muñoz ou Antonio Pamiés.
«O Jazz e a Banda Desenhada (BD) são historicamente recentes. Se a representação figurativa é tão longínqua quanto a humanidade, a BD, como forma de arte, como se conhece hoje, apenas pôde surgir depois da massificação da imprensa e remonta aos anos 30 do século XIX. Por outro lado, o jazz apenas surgiria de forma local no sul dos Estados Unidos no início do século XX, e originariamente entre a comunidade negra. Formas artísticas tão distantes quanto o podem ser uma arte gráfica e um género musical, ambos padeceram, numa fase inicial, de um mesmo ostracismo por parte do público e da crítica de arte, que os entenderam como formas artísticas menores», pode ler-se no texto que o curador assina no catálogo da exposição.
Em dias de concerto, o Hot Clube abre as suas portas às 22h00.