XJazz regressa às aldeias do xisto
Resultado de uma parceria entre a ADXTUR e o Jazz ao Centro Clube, que tem responsabilidades de programação, o Xjazz está de regresso às aldeias do xisto já no início de Julho, com um último concerto a decorrer em Agosto. O cabeça-de-cartaz será Bill Frisell, continuando uma galeria de ilustres que passou em outros anos por Evan Parker, Hamid Drake, William Parker, Joelle Léandre e Paolo Angeli.
A abertura faz-se em Martim Branco (Castelo Branco), a 3 de Julho, com o Refraction Solo de Rodrigo Amado, em leituras livres do espólio de figuras históricas como Ornette Coleman, Sonny Rollins e Thelonious Monk. A 17, em Janeiro de Cima (Fundão), apresenta-se o Bill Frisell Trio (foto acima), com Thomas Morgan e Rudy Royston a acompanharem o renomado guitarrista na interpretação dos temas registados em “Valentine”, álbum lançado em 2020. Os dias 23 e 24 estão agendados para Cerdeira (Lousã), primeiro com a guitarra e a voz (também o balafone) do guineense Kimi Djabaté e depois com a dupla de Cristina Branco e João Paulo Esteves da Silva, esta com um repertório que inclui fado, José Afonso, Sérgio Godinho, Cole Porter e o mais que se proporcionar. A 31 de Julho, na Aldeia das Dez (Oliveira do Hospital), a violoncelista e cantora Joana Guerra apresenta o seu projecto “Chão Vermelho”, com Maria do Mar e Carlos Godinho. O fecho acontece a 13 de Agosto no Sobral de São Miguel (Covilhã), com Carmen Souza e Théo Pascal, num misto intimista de jazz com a música de Cabo Verde.
O Xjazz teve início em 2012 e de então para cá (com excepção do ano que passou, pelo motivo de todos conhecido) traduziu-se em 45 concertos, sete residências artísticas e quatro discos: “Guitolão”, de António Eustáquio e Carlos Barretto, “Xisto”, de Pedra Contida, “Slow is Possible”, do grupo homónimo, e “Fonte Grande”, de Maria Villanueva e Vânia Couto.