Rodrigo Amado: agenda preenchida até Outubro
Com a reabertura das salas de espectáculos, se bem que com as restrições ainda em curso (lotações máximas predefinidas, distanciamento entre cadeiras, máscaras), os músicos vão, finalmente, restabelecendo as suas agendas. É o caso do saxofonista Rodrigo Amado, que tem calendário preenchido até ao próximo Outono. E com vários projectos, alguns deles constituindo novidade. Destacam-se três. Um é a sua colaboração com João Peste (Pop Dell’Arte), com as participações de Hernâni Faustino e Ricardo Martins. Actuarão no Passos Manuel, do Porto, a 28 de Maio, e a 17 de Junho na SMUP, Parede. Outro são as duas versões de “Refraction”: uma a solo, com apresentações a 29 de Abril na SMUP, a 4 de Maio no Novo Negócio, em Lisboa, e a 14 do mesmo mês na setubalense Casa da Cultura, e a outra em quarteto com João Almeida, Hernâni Faustino e João Valinho, com “gigs” a 18 de Junho no Desterro e a 22 de Julho na Appleton, ambos na capital. Uma parceria de Amado com Nuno Rebelo e António Jorge Gonçalves, este projectando os seus desenhos em tempo real, acontecerá a 8 de Maio no Planetário do Porto, embora com transmissão via “streaming”.
A 19 de Junho, Rodrigo Amado estará ainda no MIA, em Atouguia da Baleia (Peniche), com Faustino e João Lencastre. Mais adiante, em Setembro e Outubro, juntar-se-á a Luís Lopes e aos irmãos Aaron e Stefan González para a digressão europeia que o Humanization 4tet era para ter realizado o ano passado, logo após a edição de “Believe, Believe”, mas foi cancelada. A ver se é desta. E porque Amado é igualmente um reconhecido fotógrafo, tem patente no Porto desde 24 de Abril, pela Cão Danado, a sua exposição “A History of Nothing”, inspirada na ideia de José Mário Branco de que «é preciso começar tudo de novo» e «pelo que está perto, pelo que está em baixo, no chão», ou seja, pelas «questões biológicas, animais, da sobrevivência, do medo, do prazer». Boas notícias, portanto. (Foto acima de Hugo Silva)