Jazz im Goethe Garten anuncia 15ª edição
Está anunciado o alinhamento do 15º Jazz im Goethe Garten, a realizar entre 3 e 12 de Julho próximo, sempre ao fim da tarde, no jardim do Goethe Institut, em Lisboa. A programação é de Rui Neves, o mesmo do Jazz em Agosto da Gulbenkian, e incide sobre as novas tendências do jazz europeu. A abertura faz-se no dia 3, como habitualmente, com um grupo português, Cat in a Bag, que junta três membros dos Slow is Possible, Bruno Figueira (saxofone alto), João Clemente (guitarra eléctrica) e Duarte Fonseca (bateria) ao baixista João Lucas. O encerramento tem, igualmente como é de tradição neste festival, uma formação representante da Alemanha: os PHILM do saxofonista Philipp Gropper. Se no primeiro caso o rock faz parte do ADN do projecto, o segundo funciona como uma conversão electroacústica da instrumentação clássica de um combo de jazz, com sax tenor (o referido Gropper), piano (Elias Stemeseder, dobrando em electrónica), contrabaixo (Andreas Lang) e bateria (Oliver Steidle).
Entre estes dois concertos são quatro os agendados. A 4 de Julho toca o Dave Gisler Trio, vindo da Suíça. Com o guitarrista-líder estarão o contrabaixista Raffaele Bossard e o baterista Lionel Friedli, para apresentar uma música com base no “groove”, não estranhando que a batida nos remeta para músicas como o drum ‘n’ bass, o dubstep ou o breakbeat. No dia seguinte ficaremos a conhecer os Synesthetic 4 do clarinetista austríaco Vincent Pongracz, este mergulhando fundo no hip-hop. No palco estarão Peter Rom (guitarra eléctrica), Raphael Preuschl (baixo eléctrico) e Andreas Lettner (bateria). A 10 acontece algo de invulgar no JiGG, mais uma presença nacional, a do baterista João Lencastre (no caso também a manipular dispositivos electrónicos), em duo com o catalão Albert Cirera nos saxofones tenor e soprano. O contexto é o de uma música integralmente improvisada e tendencialmente abstracta. A actuação de dia 11 rege-se pelo mesmo diapasão, com o italiano Ghost Trio, e isso apesar da referência a Beethoven que vem com o nome. Integram-no Marco Colonna (clarinetes soprano e baixo, saxofones barítono e alto, flautas – foto acima), Silvia Bolognesi (contrabaixo) e Ivano Nardi (bateria). Assistiremos a um híbrido de free jazz e música contemporânea com a tradição popular transalpina, sempre em abordagens exploratórias.