Elisabete
Elisabete em tons de jazz e swing
A cantora e compositora Elisabete apresenta um novo projeto assumidamente ligado ao jazz, anunciado com “tons de jazz e swing”. O projeto conta com direção musical e arranjos de Isabel Rato e Luís Barrigas, notáveis pianistas cuja participação nos desperta o interesse. Com o novo disco acabado de sair do forno, a cantora Elisabete apresenta-nos este projeto.
Elisabete é uma cantora, autora e compositora com passado ligado à música, em diferentes vertentes. Participou em festivais locais como intérprete e compositora, integrou o Coro Polifónico Cantata Viva e o grupo Chá dos Cinco. Em 2009 mudou-se para Santander e durante este período, trabalhou com diferentes músicos que lhe trouxeram novas sonoridades e novos desafios, como o pianista cubano Hermes de La Torre e o guitarrista e cantor argentino Pablo Mezzelani. Entretanto a cantora tem participado nos projetos musicais Tributo a Edith Piaf e Uma Espécie de Fado.
Em 2015, Elisabete editou o seu registo de estreia, reunindo cinco temas, duas das quais composições originais. Seguiu-se, em dezembro de 2019, o EP “Poeta Cantor”, onde reuniu seis temas originais. Agora, a cantora prepara um novo trabalho, focado assumidamente no jazz. Com direção musical e arranjos de Isabel Rato (também piano e piano elétrico Fender Rhodes) e Luís Barrigas (também piano e órgão Hammond), conta com a colaboração dos músicos João Capinha (saxofones tenor e soprano), Moisés Fernandes (trompete e fliscorne), João Custódio (contrabaixo) e Jorge Moniz (bateria).
Em entrevista por email, Elisabete conta-nos: «O projeto de gravar um disco em “tons de jazz e swing” nasceu e cresceu assente num objetivo principal de que só fazia sentido gravar com músicos de jazz profissionais. Uma outra ideia inicial era juntar neste disco, se possível, músicos da margem sul. Da amizade com a Isabel Rato, a viver no Seixal, surgiu o convite para a direção e arranjos dos meus temas originais e a que se juntou o Luís Barrigas (Seixal) na primeira produção que fizeram juntos. Pelas relações de amizade e de trabalho naturalmente no processo e pela estética que se pretendia para o disco, foram convidados os músicos barreirenses João Custódio e Jorge Moniz, a que se juntaram o João Capinha e o Moisés Fernandes.»
Todos os temas são originais com letra e música da autoria de Elisabete. A cantora explica: «Este trabalho tem por inspiração os loucos anos 20 do século XX e que tem em paralelo com os anos 20 do século XXI o início de um novo ciclo após a pandemia, em que podemos voltar às festas e à celebração, e em que o ritmo musical marca o ritmo da vida. Neste sentido, e retratando estes tempos de festa e celebração, este meu novo trabalho musical arrisca e convida a sonoridades como o jazz e aos ritmos irresistíveis do swing e da bossa nova. É um regresso às raízes musicais dos grandes standards (os loucos anos 20 e o ambiente boémio de Nova Orleães), à integração da sua linguagem musical e interpretativa própria.»
Continua Elisabete: «As novas composições dão uma maior relevância à componente sonora, quer a nível da performance instrumental, quer a nível rítmico, com cadências que apelam ao movimento e à celebração, procurando recriar o ambiente e a sonoridade das big bands. Foi esta componente sonora, com ênfase no ritmo e ao nível da forma, que procurei associar ao estilo das minhas composições, marcadas, ao nível do seu conteúdo, por temáticas positivas como a esperança, a alegria, o amor e a que adiciono agora a festa e a celebração, evocando o lado bom da vida e assim o tempo em que voltamos às ruas para celebrar uma nova época.»
Com edição de autor e apoio da SPA, o disco “Cantar, Dançar & Amar” já está disponível no Spotify.