Casa Cheia
Casa Cheia aberta ao jazz
Surgiu um novo espaço cultural no Bairro Lopes, em Lisboa. A Casa Cheia tem-se feito notar por uma programação regular e interessante, onde se destacam jovens talentos da cena jazz, tendo por lá passado músicos como Bernardo Tinoco, Marta Rodrigues, Nazaré da Silva ou Vasco Pimentel. Estivemos à conversa com Alice Ruiz, que nos apresenta este novo espaço. Divulgamos também, em primeira mão, a programação jazz da Casa Cheia até março de 2023. Está tudo aqui.
No chão do espaço, empedrado, com calçada portuguesa, está escrito: “Hártistas”. É herança de um espaço que no passado já foi azulejaria, tipografia e armazém de moda. Agora, aqui há mesmo artistas (e vai haver ainda mais), conforme a Casa se apresenta: «A Casa Cheia foi criada para a co-habitação de três artes: teatro, dança e música». Este é um novo espaço cultural no Bairro Lopes, em Lisboa (na freguesia da Penha de França, ao Alto de São João).
A Casa Cheia tem-se feito notar por uma programação regular e muito interessante, onde se destaca a atenção aos jovens talentos da cena jazz nacional. O espaço foi inaugurado em setembro e desde então já lá passaram músicos como Bernardo Tinoco, Marta Rodrigues, Nazaré da Silva ou Vasco Pimentel (só para citar nomes recentemente entrevistados ou alvo de destaque aqui na jazz.pt). O novo espaço tem presença nas redes sociais – Facebook e Instagram – onde se pode acompanhar as suas atividades e programação.
Estivemos à conversa com Alice Ruiz, da direção da associação. Ligada à música e ao teatro, Alice conta-nos como surgiu o espaço: «O Espaço Casa Cheia surge da necessidade. É uma resposta à falta de espaços e de apoio à criação. Sentimos que é cada vez mais fundamental que existam lugares que acolham e impulsionem a criação artística.» A promotora do projeto apresenta os seus objetivos: «Para além de funcionarmos como sala de espetáculos, este projeto propõe um objetivo bastante simples: contribuir para a fruição e criação artísticas. Somos um lugar, um espaço, uma casa que acolhe e que permite que se crie um local de trabalho para os artistas desenvolverem os seus projetos.»
A programação do espaço, apesar de ainda curta, tem apresentado várias propostas musicais ligadas ao jazz. Ficamos curiosos para saber se esta será uma linha orientadora da programação. Conta Alice Ruiz: «o Espaço Casa Cheia é, essencialmente, composto por atores e músicos de jazz. Nesse sentido, o jazz terá sempre um papel bastante importante na nossa programação.» Sobre os objetivos a longo prazo, a ambição é assumida: «Para além da promoção de novos artistas, o nosso principal foco será fazer do Bairro Lopes um novo centro cultural, levando a cultura até às pessoas.»
Ligados à música e ao jazz, estão previstos vários projetos para os próximos tempos. Aproveitamos para divulgar, em primeira mão, a programação da Casa Cheia até março de 2023. Em dezembro há concertos de FIASCO (duo da cantora Filipa Franco e do pianista Vasco Pimentel) no dia 3, e Biloba, grupo rock liderado por Francisco Nogueira, que inclui a cantora Nazaré da Silva, no dia 17. Em janeiro de 2023 há dois concertos: João Paulo Esteves da Silva (solo de piano, dia 7) e Duarte Ventura & João Gato (duo de vibrafone e saxofone, dia 28). O programa completa-se com concertos de João Almeida (solo de trompete, dia 25 de fevereiro) e Katerina L’Dokova (solo de piano, 4 de março).
A Casa Cheia fica situada no número 3 da Rua Lopes, em Lisboa, e os concertos são sempre ao fim da tarde, às 18h00.